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Santa Cruz e Venâncio Aires

A Colônia de Santa Cruz foi uma colônia governamental, destinada a colonos alemães e estabelecida em 1849. Para um breve histórico da evolução geográfica da colônia, veja esta página.

Para esta colônia, o site dispõe de vários mapas, dois mapas vetorizados e os demais digitalizados, conforme explicado a seguir.

Mapa vetorizado da colônia

O site contém um mapa vetorizado da Colônia de Santa Cruz, de autoria de Otavio Boni Licht. Em grande parte, este mapa baseia-se no mapa digitalizado de 1859 (vide abaixo).

Na construção deste mapa vetorizado, Otavio Licht usou as seguintes fontes:

  • Planta da Colônia de Santa Cruz, com as datas de terra confinantes levantada por João Martinho Buff Director da dita Colônia. Reduzida por Henrique Meyer. (este mapa de 1859 foi a principal fonte usada para criação do mapa vetorizado – (RS – Santa Cruz – 1859)
  • Mapa da Colônia de Santa Cruz. Escala 1:40.000. 1881. Planta nº 947. Cópia de Israel Azambuja. Directoria de Obras Públicas. Porto Alegre. 6/12/1890 (RS – Santa Cruz – 1881)
  • Planta cadastral parcial da Colônia Santa Cruz. 1:40.000, sem autor, sem data. (trata-se de um mapa da colônia de Rio Pardinho – RS – Santa Cruz – Rio Pardinho – 1870)
  • Carlos Schwerin. Planta da Colônia Rio Pardense. Medida e demarcada pelo Agrimensor Carlos Schwerin. 1864-1865 augmentada 1873-1875. Núcleo colonial de Francisco Ant. Borges.

Associados a este mapa, há um pequeno número de proprietários, principalmente de lotes próximos à Vila de Santa Cruz. Como fonte para esses proprietários, Otavio listou o códice F1220 do Arquivo Histórico do RS. Não consegui localizar este códice. Talvez seja o F1221 – Registro de Títulos de Posse de Prazos Coloniais – Diretoria Geral da Fazenda Provincial – Santa Cruz – 1859-1860.

Mapa vetorizado da sede da colônia

O mapa vetorizado Santa Cruz – Povoação cobre a área da sede da Colônia. Este mapa é de autoria de Carlos Heuser e foi construído a partir dos mapas digitalizados RS – Santa Cruz – Cidade – 1870, RS – Santa Cruz – 1881 e RS – Santa Cruz – Cidade – 1922 (para descrição destes mapas, vide abaixo).

Associados aos mapas estão os proprietários dos terrenos da povoação e das chácaras que havia ao redor da mesma. São listados os proprietários de cada lote, desde o início da ocupação dos mesmos, em 1855, até ao redor de 1878.

A fonte para o cadastro de proprietários é o Códice C-393 – Santa Cruz – Registro de Terrenos da Povoação do Arquivo Histórico do RS e que está disponível no Familysearch neste link.

Mapas digitalizados

  • mapa RS – Santa Cruz – 1859 é o mais antigo que está no site. É de 1859, portanto dez anos depois do estabelecimento da colônia. Ele foi confeccionado por João Martinho Buff, diretor da colônia entre 1850 e 1859. Nele aparecem as primeiras picadas criadas. Parte delas aparece de forma diversa em mapas posteriores, o que indica que Buff incluiu não somente os lotes que já tinha demarcado, mas também aqueles que estavam projetados. Este mapa me foi passado por Otavio Licht.
  • No ano de 1870, foi confeccionando o pequeno mapa RS – Santa Cruz – Cidade – 1870. O mapa é interessante por mostrar os nomes originais das ruas, bem como a distribuição dos terrenos dentro das quadras, a qual perdura até a atualidade. O mapa aparece no livro de Hardy Martin (vide bibliografia no histórico da colônia).
  • Em 1881, foi confeccionado o mapa RS – Santa Cruz – 1881 por Carlos Trein Filho, personagem importante da história de Santa Cruz, pois, além de agrimensor, ocupou vários cargos, entre eles o de Diretor da colônia e o de Vereador. Ao contrário do mapa de Buff, este mapa parece ser mais fiel à realidade, mostrando a lotes efetivamente medidos. Além disso, a numeração de lotes provavelmente corresponde aos registros de prazos coloniais feitos pelo próprio Carlos Trein para toda região na mesma época. Estes registros encontram-se no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e estão disponíveis no repositório Familysearch (na página de histórico, incluí os links para os respectivos cadastros). 
    Por alguma razão que não pude determinar, algumas picadas próximas à sede da colônia, como as picadas Juca Rodrigues e João Alves, não constam desse mapa, mesmo tendo constando no mapa de 1859 e em mapas posteriores. Talvez tenham sido colônias particulares, fora da autoridade do Diretor da Colônia que confeccionou o mapa.
    Este mapa igualmente me foi passado por Otavio Licht.
  • Um mapa muito bonito é o mapa RS – Santa Cruz – Rio Pardinho – 1870, que estava encadernado em um livro comemorativo do centenário a Picada Rio Pardinho (vide bibliografia no histórico de Santa Cruz). Além de ser bem fiel à realidade, o mapa contém não somente os números dos lotes coloniais, mas também os nomes dos respectivos proprietários em 1870. O mapa propriamente dito não está datado e provavelmente foi desenhado, usando os dados de 1870, em 1952, quando do Centenário da picada.
  • Outro mapa que não está datado é intitulado RS – Santa Cruz – Provinzial Kolonie Santa Cruz. Obtive este mapa do colega Bruno Kadletz de Santa Catarina. Trata-se de uma mapa em Alemão, que mostra a Colônia de Santa Cruz e as colônias ao seu redor, como Candelária, Rincão del Rey e Monte Alverne. Além de ser interessante por mostrar alguns nomes das picadas também em Alemão, é o único dos mapas que obtive que indica a localização de algumas picadas. Deve ser do final do Século 19, pois as Picadas ao redor da cidade já estão estabelecidas. Não é muito preciso e, na região ao redor de Monte Alverne, parece conter incorreções.
  • Em 1922, quando o município tinha sua extensão máxima, foi confeccionado o grande mapa RS – Santa Cruz – 1922. Este mapa mostra a divisão em distritos, em picadas e em lotes. Infelizmente, a cópia que obtive é de baixa resolução, o que prejudica uma aproximação maior. Com isso, nem sempre é possível ler os números dos lotes.
  • Do mesmo ano de 1922, é o pequeno mapa RS – Santa Cruz – Cidade – 1922. Este mapa mostra a sede do município e as chácaras ao seu redor, marcadas pelas letras de “A” até “S”. Os nomes das ruas já são os atuais (a leitura é prejudicada pela baixa resolução). É possível ver a divisão das quadras em terrenos e a localização das edificações que havia na época. 
  • mapa RS – Venâncio Aires – 1930 também pode ser interessante para o pesquisador interessado em Santa Cruz. No início da colonização, várias picadas no Oeste do município, próximas a Monte Alverne (Riotal) estavam ligadas à Colônia de Santa Cruz. Era nas igrejas de Santa Cruz que os habitantes daquelas colônias faziam seus registros. Este mapa mostra a divisão em picadas e lotes, mas os mesmos não estão numerados. Alguns poucos lotes têm seus proprietários identificados.