Mapas de visão geral cobrindo grandes regiões englobando diversas colônias e municípios. Todos mapas regionais são digitalizados. Normalmente não mostram picadas nem lotes.
Esta página explica os mapas da Vila de Santa Cruz, a sede da Colônia. Há uma outra página tratando especificamente da região ao redor da sede onde ficavam os lotes coloniais.
Mapas digitalizados
No ano de 1870, foi confeccionando o pequeno mapa RS – Santa Cruz – Cidade – 1870. O mapa é interessante por mostrar os nomes originais das ruas, bem como a distribuição dos terrenos dentro das quadras, a qual perdura até a atualidade. O mapa aparece no livro de Hardy Martin (vide bibliografia no histórico da colônia).
Do ano de 1922, é o pequeno mapa RS – Santa Cruz – Cidade – 1922. Este mapa mostra a sede do município e as chácaras ao seu redor, marcadas pelas letras de “A” até “S”. Os nomes das ruas já são os atuais (a leitura é prejudicada pela baixa resolução). É possível ver a divisão das quadras em terrenos e a localização das edificações que havia na época.
Marcadores – Como os mapas são muito pequenos, não utilizei marcadores. Para ver navegar nas quadras, lotes e proprietários, utilize o mapa vetorizado descrito a seguir.
Naquela época, a povoação de Santa Cruz constava de um núcleo formado por quadras retangulares. Este núcleo era cercado por chácaras de formatos e tamanhos irregulares. A idéia é que as chácaras produzissem alimentos para abastecer a cidade.
Para a identificação das quadras na área central da cidade, usei principalmente o mapa da cidade de 1870. Algumas quadras que não aparecem neste mapa, mas constam dos registros de propriedade consultados, foram copiadas do mapa da cidade de 1922.
Já a localização das chácaras que existiam ao redor da cidade vem principalmente do mapa da cidade de 1922. Como algumas das chácaras já haviam desaparecido em 1922, usei o mapa da colônia de 1881, onde elas também estão esboçadas.
Proprietários
Associado ao mapa vetorizado, há um cadastro de proprietários que contém 952 registros de propriedade, referentes a 618 proprietários diferentes. Este cadastro pode ser pesquisado por nome da família no menu do geoColony.
Além de incluir os proprietários no banco de dados do site, disponibilizei o cadastro no formato PDF através dos links abaixo:
Algumas observações sobre o mapa e sobre o cadastro de proprietários vão a seguir.
Muitos dos proprietários originais requereram o terreno, mas não tomaram posse. Anotei este fato no campo de observação.
Muitos proprietários possuíam vários terrenos e até chácaras. Vide o exemplo de Carlos Trein Filho, que foi Diretor da Colônia por algum tempo.
Em muitos casos, terrenos vizinhos eram requeridos por vários membros de uma mesma família. Um exemplo são os terrenos de meus bisavós, Heinrich Heuser e sua esposa Catharina Bartz Heuser.
Ao Norte da povoação havia uma aérea denominada Logradouro Público. Nesta área fica hoje o Parque da Oktoberfest.
Dentro do Logradouro Público ficavam os dois cemitérios, o Católico e o Protestante. Não encontrei nenhum mapa mostrando a localização exata destes cemitérios. Assim, desenhei a localização com base no Códice C-393 e nas referências históricas sobre a cidade (vide bibliografia abaixo). O curioso é que o Cemitério Católico ficava situado exatamente onde hoje está a Igreja Luterana, enquanto que o Cemitério Protestante ficava no lado oposto da rua.
Na literatura (vide abaixo), há várias menções ao fato de, nos primeiros anos da colônia, os cadastros de proprietários não estarem bem organizados . Aparentemente, eles somente foram atualizados ao redor de 1870, na gestão do Diretor Carlos Trein Filho. Isso é comprovado pelo grande número de lotes que receberam título em 1870.
A localização da Igreja Católica estava determinada desde o primeiro mapa no centro da Quadra H.
Já a antiga Igreja Protestante ficava na metade Oeste do Terreno nº 1 da Quadra V. Segundo o C-393, esta metade teria sido doada à Igreja em 1869. Aparentemente, esta doação foi oficializada depois da construção da igreja pois a mesma já havia sido inaugurada em 1867.
No mapa de 1870, aparece uma segunda praça, localizada entre as ruas hoje denominadas Júlio de Castilhos, Tenente Coronel Brito, Ramiro Barcelos e Venâncio Aires (nomes atuais). Esta praça não foi implementada. No lugar dela, foi demarcada a Quadra Z. Esta demarcação deve ter acontecido depois de 1880, pois o C-393 não faz referência a ela.
No mapa de 1870, dentro da Quadra D, no lado oposto à Igreja Católica, havia um terreno destinado ao Diretor da Colônia. Aparentemente, este terreno teve outra destinação, pois no mapa de 1922 já aparece dividido conforme as demais quadras.
Conforme bem apontando por Ângelo Hoff, o desenho das quadras de Vila Teresa, hoje Vera Cruz, casa perfeitamente com o desenho das quadras da Vila de Santa Cruz: Ambas são alinhadas aos eixos cardeais e as ruas Leste-Oeste de ambas as vilas estavam perfeitamente alinhadas. Talvez o projeto das vilas tenha sido realizado pelos mesmos oficiais.
Nomes das ruas mudaram ao longo do tempo
Os nomes das ruas que aparecem no mapa de 1870 são diferentes dos nomes atuais:
Rua Marechal Floriano era Rua de São Pedro
Rua Marechal Deodoro era Rua de Santa Cruz
Rua Tomás Flores era Rua do Arroio
Rua Tte. Coronel Brito era Rua Rio Pardinho
Rua Fernando Abbot era Rua Carumbé
Rua Ramiro Barcelos era Rua Catalã
Rua 28 de Setembro era Rua Taquarembó
Rua Júlio de Castilhos era Rua Saraiva
Rua Borges de Medeiros era Rua da Colônia
No livro Recortes do Passado de Santa Cruz, pp. 27-28 (vide bibliografia) há uma relação mais extensa, incluindo outras ruas e praças.
Bibliografia consultada
Para compreender melhor a evolução urbana de Santa Cruz, consultei os seguintes livros:
Hardy Elmiro Martin, Santa Cruz do Sul – de Colônia a Freguesia – 1849-1859, Santa Cruz do Sul, Associação Pós Ensino em Santa Cruz, 1979 (Este livro cobre o período inicial da colônia e é baseado em extenso levantamento feito pelo Prof. Hardy Martin em arquivos e bibliotecas)
João Bittencourt de Menezes, Município de Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2005 (Trata-se de um relato de J. B. Menezes, que por 27 anos foi Secretário Geral da Intendência em Santa Cruz. A edição original é de 1914. A edição citada resultou de revisão por Arthur Rabuske)
Ronaldo Wink, Santa Cruz do Sul – Urbanização e desenvolvimento, EDUNISC, 2002 (Este livro resultou de uma dissertação de mestrado do autor. É um excelente histórico do desenvolvimento da cidade de Santa Cruz. Contém cópias dos mapas da povoação que são mostrados no site)
Hardy Elmiro Martin (organizado e atualizado por Olgário Paulo Vogt e Ana Carla Wünsch), Recortes do Passado de Santa Cruz, EDUNISC, 1999 (O livro contém uma coletânea de artigos curtos do Prof. Hardy Martin cobrindo vários aspectos do desenvolvimento da cidade)
Vídeo explicativo do mapa vetorizado da Sede da Colônia de Santa Cruz (é recomendado assistir em tela cheia) Vídeo gravado sobre uma versão mais antiga do geoColony
A colônia Teresópolis foi fundada em 1860. Além da sede, a colônia possuía seis picadas coloniais: Rio Cedro, Rio Miguel, Rio Cubatão, Rio Novo, Rio… Continue a ler »Teresópolis (Rio Capivari) – SC
O mapa SC – Teresópolis – Rio Capivari – 1863 cobre uma picada específica da Colônia Teresópolis, a picada do (Alto) Rio Capivari. A colônia Teresópolis foi fundada em 1860. Além da sede, a colônia possuía seis picadas coloniais: Rio Cedro, Rio Miguel, Rio Cubatão, Rio Novo, Rio Salto e Rio Capivari. Dessas picadas, apenas este mapa foi encontrado.
Eu recebi o mapa do pesquisador Carlos Steiner, autor de uma importante trilogia sobre as colônias Teresópolis e Santa Isabel em Santa Catarina, mapas digitalizados destas duas colônias. O presente mapa foi repassado a Carlos Steiner pelo Prof. Valberto Dirksen, professor aposentado de História da UFSC. Prof. Valberto encontrou o mapa na mapoteca da Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina. Mais tarde, este acervo foi transferido para a sede do Ministério Público Federal/SC.
O mapa é de 1863 e está em alta resolução, permitindo boa aproximação. Os lotes estão numerados e anotados com o nome do proprietário na época.
O georreferenciamento pode não estar muito preciso, já que apenas o leito do Rio Capivari serviu como referencial. Significa que a localização dos lotes é apenas aproximada.
O site contém quatro mapas que cobrem a Colônia de Blumenau em Santa Catarina. Todos foram digitalizados pelo pesquisador Bruno Kadletz. Ele fez cópias em… Continue a ler »Blumenau – SC
Mapas digitalizados
O site contém quatro mapas que cobrem a Colônia de Blumenau em Santa Catarina. Todos foram digitalizados pelo pesquisador Bruno Kadletz. Ele fez cópias em excelente resolução, o que permite um bom nível de aproximação ao visualizar os mapas.
SC – Blumenau – 1864 Este mapa é de 1864, dos primeiros tempos da colônia. Mostra as picadas e os lotes. O mapa é bem menos preciso que o mapa de 1872 abaixo descrito. A parte mais a Oeste parece estar incorreta. Além disso, tive dificuldades no georreferenciamento deste mapa. Os principais pontos de referência são os limites dos lote, já que as margens dos rios e arroios e as estradas podem ter se movido ao longo do tempo. Os lotes são difíceis de encontrar no mapa atual, pois a região é basicamente urbana ou então coberta de mata. Resumindo, o mapa não tem aspiração de ser preciso, servindo apenas para uma localização aproximada dos lotes. Marcadores – apenas as picadas estão marcadas
SC – Blumenau – 1872 Este mapa é mais recente (1872) que o precedente. Ele foi confeccionado pelo Eng. Emílio Odebrecht, o mesmo que fez o mapa de Grão Pará. O mapa é bem mais fiel à realidade. Mostra as picadas e os lotes. Me parece que consegui um georreferenciamento bem melhor do que o do mapa precedente. Marcadores – apenas as picadas estão marcadas
SC – Blumenau – Cidade – 1864 e SC – Blumenau – Cidade – 1872 Estes dois pequenos mapas mostram a sede da colônia (chamada de Stadtplatz nos mapas) e os respectivos lotes. Ambos estavam inseridos dentro dos dois mapas precedentes. Eu os recortei, ampliei e georreferencei separadamente. Marcadores – apenas as picadas estão marcadas
Em todos os mapas de Blumenau, os lotes estão numerados, mas não há nomes de proprietários.
Uma curiosidade é que a numeração dos lotes é diferente nos dois mapas (no de 1864 e no de 1872). Como não pesquiso a região, não tenho uma explicação para o fato.
O link abaixo leva para o vídeo que foi feito para anunciar a disponibilidade destes mapas no site (este vídeo foi gravado sobre uma versão antiga do geoColony).
Mapas digitalizados
Em Santa Catarina, a Oeste de Tubarão, estabeleceu-se uma grande colônia, denominada de Grão Pará. Para esta colônia, o site contém dois mapas digitalizados, ambos pesquisados pelo colega Bruno Kadletz:
SC – Regional – Grão Pará Este mapa dá uma visão geral da região ao redor da colônia propriamente dita. Serve para mostrar onde se situava a colônia e as estradas que a ela levavam.
SC – Grão Pará – Lotes Mapa muito preciso e detalhado da Colônia Grão Pará, mostrando os lotes coloniais e os respectivos proprietários. Estima-se que o mapa reflita a situação da colônia ao redor de 1890. O mapa é bastante fiel à realidade e a cópia digitalizada por Bruno encontra-se em alta-resolução o que permite uma boa aproximação. Segundo o pessoal do Arquivo Histórico, as siglas que constam dos mapas têm o seguinte significado: PP – ponto provisório, PT – ponto travessão e EP – escritura pública.
O vídeo linkado abaixo foi feito quando do anúncio do mapa no site e contém uma breve introdução a esses mapas (este vídeo foi gravado usando uma versão antiga do geoColony)
Em Santa Catarina, a Oeste de Tubarão, estabeleceu-se uma grande colônia, denominada de Grão Pará. Para esta colônia, o site contém dois mapas digitalizados, ambos… Continue a ler »Grão Pará – SC
Mapas vetorizados
Há anos, o pesquisador Lauri Valdemar Krug vem levantando proprietários e mapas das colônias alemãs ao Norte de Montenegro.
A abordagem de Lauri Krug foi diferente daquela adotada por Otavio Licht, que confeccionou os mapas vetorizados que serviram de base para montagem do site. Enquanto Otavio partiu de mapas antigos existentes, na falta destes, Lauri partiu diretamente dos registros das terras. A partir da descrição de cada lote e usando seu conhecimento da região, em um trabalho minucioso, foi criando o contorno de cada lote e registrando seus proprietários em um banco de dados.
Estes dados estão foram gradativamente adaptados ao formato do site. Os resultados do trabalho são os mapas vetorizados da colônia de Maratá e da Fazenda Vitória. Os mapas e os registros de proprietários cobrem os primeiros anos dessas colônias, nas décadas de 1850 e 1860.
Além dos mapas, Lauri redigiu dois artigos com históricos da região:
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