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colônias de imigrantes

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lotes coloniais e seus proprietários sobre o mapa da atualidade

geoColony

Este site disponibiliza o aplicativo geoColony, que permite a visualização geográfica de mapas antigos sobre um mapa da atualidade ou sobre uma visão de satélite. O mapa da atualidade é o “Open Street Map”, mapa mundial construído de forma colaborativa. A visão de satélite é sediada na Esri(©).

Há dois tipos de mapas, os digitalizados, mapas antigos sobrepostos ao mapa da atualidade, nos quais picadas e lotes estão marcados, e os vetorizados, mapas construídos através de polígonos que representam os limites dos lotes coloniais.

Associado aos mapas há um banco de dados que armazena dados sobre lotes coloniais, sua localização em picadas e colônias, bem como dados de seus proprietários.

Os mapas antigos apresentados referem-se a regiões de colonização no Sul do Brasil. Atualmente, o site contém mapas que cobrem regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Um índice dos mapas organizado por região pode ser acessado neste link.

Mapas vetorizados

Um mapa vetorizado é constituído por polígonos, cada um representando o contorno de um lote colonial. Os lotes são organizados em polígonos maiores, cada um representando uma picada. Por sua vez, as picadas são organizadas formando uma colônia.

Lotes, picadas e colônias são exibidos sobre o mapa da atualidade, na posição aproximada de sua localização original.

O mapa tem controles que permitem navegar desde o nível da colônia, passando pela picada, até chegar ao nível dos lotes individuais, bem como retornar dos lotes até as colônias.

Os mapas vetorizados foram o embrião do site. Grande parte deles é de autoria de Otavio Boni Licht, do qual partiu a ideia de montar este site.

Atualmente, o site contém 17 mapas vetorizados, todos do Rio Grande do Sul. Estes mapas compreendem 24.961 lotes, dos quais 15.871 têm proprietários registrados.

Mapas digitalizados

Um mapa digitalizado é um mapa antigo que foi transformado em uma imagem de computador e é exibido sobre o mapa da atualidade, na posição aproximada da respectiva colônia.

O geoColony permite visualizar o mapa digitalizado em vários níveis de aproximação. Alem disso, é possível alternar a visualização entre mapas digitalizados e mapas vetorizados que cubram uma certa região.

As picadas que aparecem em uma mapa digitalizado encontram-se marcadas. Desta forma, nas buscas por uma picada, é possível encontrar tanto o mapa vetorizado que a contém, quanto os mapas digitalizados nos quais a picada encontra-se marcada.

Assim como nos mapas vetorizados, é possível navegar também nos mapas digitalizados, clicando nos símbolos marcadores de picadas e lotes. Os controles para navegar de áreas mais abrangentes para os lotes e vice-versa funcionam de maneira análoga a dos mapas vetorizados.

Atualmente, o site disponibiliza 43 mapas cobrindo áreas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Hierarquia de localidades

Tanto nos mapas vetorizados quanto nos digitalizados, as localidades estão organizadas nos seguintes níveis hierárquicos:

  • O nível superior, o mais abrangente, é o da colônia.
  • Cada colônia está dividida em picadas. Usamos esta divisão pois é ela que aparece em muitos dos antigos mapas de colônias. Um picada era um caminho aberto na mata. Em ambos os lados da picada eram marcados os lotes coloniais, isto é, as propriedades dos colonos. Nos mapas antigos, além do termo picada, também aparecem as designações linha ou travessa.
  • Cada propriedade é um lote. Muitas vezes um lote era relativamente estreito mas bastante profundo. Medidas usuais de lotes variavam de 20 a 70 hectares.

Para simplificar, mesmo em mapas que cobrem áreas não coloniais, como uma cidade com quadras e terrenos, mantivemos esta hierarquia em três níveis de localidades.

Proprietários

Para muitos lotes, além dos dados do lote propriamente dito, como sua área e o pesquisador que levantou os dados, o banco de dados armazena dados de proprietários.

Para cada registro de propriedade, o banco de dados contém, além do nome do proprietário, vários outros dados sobre a posse do lote ou sobre a família do proprietário.

Na maioria dos casos, a fonte utilizada pelo pesquisador que levantou os dados é informada.

Além de permitir a exibição dos proprietários de um lote, o GeoColony permite buscar proprietários com base em seu sobrenome. Esta busca é por similaridade, o que permite encontrar pessoas, mesmo quando a grafia na fonte não era a correta.

Artigos

Além de dados sobre mapas e proprietários, o site contém também artigos históricos sobre localidades ou famílias que aparecem no site. Alguns artigos são os seguintes:

  • Colônia Maratá e Fazenda Vitória
    Estes dois históricos são de autoria de Lauri Valdemar Krug. Ele também é o responsável pelos mapas vetorizados destas duas localidades. Nos históricos, Lauri relata a evolução destas áreas desde a época das sesmarias até o início da colonização.
  • Colônia de Santa Cruz
    Nesta postagem, faço um breve histórico da colônia de Santa Cruz com base em sua evolução geográfica vista nos mapas.
  • De Bruges a Santa Maria de Soledade
    Esta postagem conta a história de uma imigrante belga que foi uma das pioneiras de Santa Maria da Soledade. O artigo é de autoria de Marc Storms, baseado em informações recebidas de Pedro Argenti, (bisneto da imigrante), Adair Oberger (trisneto de um dos filhos da imigrante) e Ludo Vandamme (Bruges).

Vídeos de ajuda

O geoColony disponibiliza várias alternativas de navegação e de busca de dados. Apesar de ele ser razoavelmente intuitivo, é recomendável que o usuário tenha uma breve introdução sobre seu funcionamento.

Ao invés de tentar escrever postagens que expliquem as várias funcionalidades do site, preferi gravar um conjunto de vídeos de ajuda, nos quais vou explicando passo-a-passo a utilização do geoColony.

Para aquele que está começando a usar o aplicativo, recomendo que assista ao menos os primeiros vídeos que explicam os dois tipos de mapas, vetorizado e digitalizado, bem como a navegação nestes mapas.

Além dos vídeos de ajuda, gravei alguns vídeos explicativos, quando da publicação de alguns mapas. Estes vídeos estão listados nas respectivas postagens dos mapas.

Observação sobre a qualidade dos mapas

Os mapas digitalizados que aparecem no site são antigos, alguns do Século 19. Também as fontes usadas para a criação dos mapas vetorizados (mapas e registros de terras) são antigas. 

Naquela época, a topografia usava ferramentas rudimentares e o seus resultados não eram muito precisos. Apesar de haver alguns mapas que são impressionantemente fiéis à realidade se considerarmos a época em que eles foram confeccionados, muitos fornecem apenas uma localização aproximada dos limites dos lotes coloniais representados.

Por outro lado, ao sobrepor um mapa antigo ao atual, nem sempre é possível fazer uma correspondência exata entre eles, até por falta de pontos de referência comuns entre os dois mapas.

Por isso, há deslocamentos entre os limites dos lotes mostrados nos mapas e a realidade representada pelo mapa da atualidade. Ou seja, os mapas servem para dar uma localização aproximada de picadas e lotes e não têm a pretensão de ser precisos.

Desenvolvedores e colaboradores

O geoColony surgiu a partir de uma ideia de Otavio Boni Licht, que havia vetorizado um grande número de mapas antigos (a maioria dos mapas vetorizados que hoje estão no site) e criado um cadastro de proprietários associado. Otavio estava a procura de uma forma de disponibilizar estes mapas para genealogistas e historiadores e me contactou para discutir uma forma de publicá-los na Web.

A partir daí vários de meus orientandos de Trabalho de Conclusão de Curso do Bacharelado em Ciência da Computação da UFRGS se debruçaram sobre o problema. Em diferentes etapas trabalharam na preparação de dados e no desenvolvimento do geoColony os alunos Vinicius Rosa dos Santos, Douglas de Oliveira Lima, Priscila Azevedo Folle e Jean Carlo Emer. A primeira versão foi disponibilizada em 2010. Mais tarde, reescrevi todo o Geocolony para incorporar também mapas digitalizados e mudar a forma de navegação nos mapas.

A partir daí, vários pesquisadores contribuíram com mapas e cadastros de proprietários. São eles Adair Oberger, Bruno Kadletz, Carlos Steiner, Germano Noll, Lauri Valdemar Krug, Marc Storms, Otávio Boni Licht, Patrícia Diane Weber, Pedro Argenti, Wellington Pitt. Maiores detalhes sobre a contribuição de cada um encontram-se na postagem sobre os colaboradores.

Organização do site

Além do aplicativo GeoColony que exibe os mapas, o site contém páginas com textos sobre o assunto. Estas postagens podem ser acessadas a partir de menu que aparece no topo das páginas contendo as seguintes entradas:

geoColony – o aplicativo de exibição dos mapas

índice de mapas – índices dos mapas organizado por regiões

artigos – índice dos artigos históricos

novidades – postagens que anunciam as novidades – as mais recentes aparecem no topo da lista

sobre – lista de colaboradores e vídeos de ajuda